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A Engenharia de Biossistemas é uma área multidisciplinar que une os princípios da engenharia, das ciências biológicas e da tecnologia para desenvolver soluções sustentáveis voltadas à produção agropecuária, ao uso eficiente dos recursos naturais e à integração entre o ambiente natural e os sistemas produtivos.
Esse campo da engenharia atua no planejamento, desenvolvimento e gestão de tecnologias aplicadas a sistemas biológicos, como automação agrícola, energias renováveis, tratamento de resíduos, irrigação, sensoriamento remoto, agricultura de precisão, entre outros. O objetivo é promover a inovação tecnológica no meio rural e na agroindústria, sempre considerando os aspectos ambientais, sociais e econômicos.
O Engenheiro de Biossistemas atua na vanguarda da inovação, combinando conhecimentos profundos em matemática, física e biologia com tecnologias disruptivas (como IoT, inteligência artificial e biotecnologia) para projetar sistemas integrados que harmonizem produção, eficiência e sustentabilidade.
O que o curso oferece?
A proposta da graduação é interdisciplinar, combinando conhecimentos das engenharias elétrica, mecânica, computacional, ambiental e agrícola, com foco na aplicação de tecnologias inovadoras para resolver problemas nos sistemas biológicos e agroindustriais. O curso capacita engenheiros a desenvolverem soluções em automação, inteligência artificial, agricultura de precisão, energias renováveis, Internet das Coisas (IoT), robótica e manejo de recursos naturais.
Entre os diferenciais da formação estão:
Laboratórios modernos e estrutura de ponta para ensino e pesquisa;
Projetos integradores desde os primeiros semestres;
Atuação prática em empresas júnior, estágios, projetos de extensão e iniciação científica;
Corpo docente altamente qualificado;
Foco em inovação, sustentabilidade e impacto social.
O Engenheiro de Biossistemas formado pela USP está apto a atuar em diversas áreas estratégicas, como agronegócio, meio ambiente, automação rural e industrial, gestão de recursos naturais e desenvolvimento de novas tecnologias, sendo um profissional cada vez mais valorizado em um mundo que exige soluções sustentáveis e inteligentes.
Onde o curso pode ser aplicado?
A Engenharia de Biossistemas tem um campo de atuação amplo e em constante expansão. Os profissionais formados nessa área podem atuar em diversos setores que envolvem a interface entre tecnologia, meio ambiente e sistemas biológicos. Alguns exemplos de aplicação incluem:
Agricultura de precisão: desenvolvimento e aplicação de tecnologias como drones, sensores, sistemas de GPS e softwares para monitoramento e otimização da produção agrícola.
Automação e mecanização agrícola: criação e aprimoramento de máquinas, equipamentos e sistemas automatizados que aumentem a eficiência e reduzam impactos ambientais.
Gestão de recursos naturais: projetos voltados à conservação e uso racional da água, do solo e da energia, com foco na sustentabilidade.
Energias renováveis: produção de biocombustíveis, energia solar, eólica e sistemas híbridos aplicados ao meio rural.
Tratamento e aproveitamento de resíduos: soluções para o reaproveitamento de resíduos agroindustriais e orgânicos, como biodigestores e compostagem.
Infraestrutura rural e ambiental: planejamento de construções rurais, sistemas de irrigação, drenagem, e controle ambiental.
Tecnologia e inovação no agronegócio: desenvolvimento de startups, softwares e plataformas digitais voltadas à gestão e melhoria da produção agropecuária.
Essas aplicações permitem que o engenheiro de biossistemas atue em empresas privadas, órgãos públicos, consultorias, centros de pesquisa, instituições de ensino e também como empreendedor. A formação versátil e voltada à inovação torna esse profissional essencial para enfrentar os desafios do futuro no campo e na cidade.
A Biossistec Júnior é a empresa júnior dos cursos de Engenharia de Biossistemas, comprometida com o desenvolvimento técnico e profissional de seus membros por meio da realização de projetos inovadores e acessíveis para a comunidade e o mercado.
Fundada com o propósito de unir conhecimento acadêmico à prática empresarial, a Biossistec Júnior atua como uma ponte entre os alunos e os desafios reais do mercado, oferecendo soluções nas áreas de automação, energia, tecnologia e sustentabilidade. Todos os projetos são desenvolvidos sob a orientação de professores e profissionais experientes, garantindo qualidade e responsabilidade em cada entrega.
Além disso, a empresa promove um ambiente de aprendizado colaborativo, onde os estudantes têm a oportunidade de desenvolver habilidades técnicas, de gestão, liderança e empreendedorismo, tornando-se profissionais mais preparados e conscientes do seu papel na sociedade.
A Biossistec Júnior é movida por inovação, impacto social e o desejo constante de transformar ideias em soluções que fazem a diferença.
Sobre a LIEB
A Liga de Inovação em Engenharia de Biossistemas (LIEB), fundada em 2019, é um grupo estudantil vinculado à Universidade de São Paulo, campus de Pirassununga, que tem como missão fomentara a inovação, a criatividade e o protagonismo estudantil entre os alunos do curso de Engenharia de Biossistemas.
Sendo assim, a Liga atua como um espaço de aprendizado colaborativo, incentivando os estudantes a desenvolverem habilidades técnicas e comportamentais, que são essenciais para a atuação profissional em um cenário dinâmico. Além de unir a eficiência produtiva, responsabilidade socioambiental e espírito colaborativo — valores que refletem a essência inovadora da FZEA-USP.
Desde 2009, a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP), localizada no Campus Fernando Costa em Pirassununga, oferece o curso de bacharelado em Engenharia de Biossistemas, pioneiro na América Latina. O curso conta ainda com um convênio com a AgroParisTech (Instituto de Tecnologia de Paris para as Ciências da Vida, dos Alimentos e do Meio Ambiente), que possibilita aos alunos de graduação a realização de intercâmbio e a obtenção da dupla diplomação ao final do curso. Com 60 vagas anuais em período integral, o curso prepara profissionais com sólida formação em ciências exatas e biológicas, além de fundamentos das engenharias. A proposta pedagógica é centrada na aplicação de tecnologias avançadas – como automação, sensores, inteligência artificial e sistemas de informação – aos sistemas de produção agropecuária e bioindustriais. O engenheiro de biossistemas é preparado para atuar com visão sustentável, integrando conhecimentos das engenharias à produção vegetal, animal e de energia renovável, com ênfase em inovação e empreendedorismo.
A extensão universitária no curso de Engenharia de Biossistemas tem como objetivo integrar a universidade à sociedade, disseminando os avanços científicos e tecnológicos. Projetos como cursos de capacitação em tecnologias digitais, oficinas em escolas públicas e eventos científicos acessíveis ao público fazem parte dessa atuação. Além disso, os integrantes do curso participam de iniciativas da FZEA/USP como o projeto de inclusão educacional ("USP na Escolinha"), eventos comunitários ("CÃOminhada") e exposições científicas ("USP 90 anos").
A Engenharia de Biossistemas na FZEA é impulsionada por um ambiente de pesquisa multidisciplinar, com forte interação entre docentes, alunos de graduação e pós-graduação e corpo técnico qualificado. As linhas de pesquisa abrangem desde agricultura e zootecnia de precisão, instrumentação eletrônica, robótica e inteligência computacional até sustentabilidade de sistemas produtivos. O curso conta com laboratórios bem equipados, onde são desenvolvidos projetos de pesquisa financiados por agências como FAPESP, CNPq e pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), além de parcerias com empresas e instituições nacionais e internacionais.
Para a formação do graduando, são necessários 10 semestres de estudos em período integral, ou seja, no mínimo 5 anos. Nesse período, a estrutura proporcionada pela base curricular envolve elementos de matemática, física, química, biologia e, principalmente, um núcleo comum das engenharias, que inclui disciplinas de cálculo — sendo quatro níveis de cálculo mais cálculo numérico.
No que diz respeito às matérias específicas, o curso apresenta uma grande variedade de áreas a serem estudadas, abrangendo a produção animal e vegetal e integrando tecnologias de automação, informação e apoio à produção, com foco na sustentabilidade e inovação no agronegócio.
Durante o processo de formação do engenheiro de biossistemas, a Universidade de São Paulo proporciona uma infraestrutura robusta, visando à melhor experiência e à maior excelência para os estudantes. Eles têm acesso a laboratórios modernos com equipamentos de alta qualidade, uma ampla biblioteca com acervo multidisciplinar e uma rede de informática abrangente no campus, garantindo acesso a todos. Além disso, os alunos participam de estágios, atividades de iniciação científica, seminários e congressos, podendo também se envolver em entidades estudantis, como a atlética e a empresa júnior.
O processo de internacionalização é um dos que mais se destacam durante a formação. A FZEA oferece ao estudante de Engenharia de Biossistemas diversas opções de intercâmbio e bolsas de estudo no exterior, como o programa CAPES/Brafagri, que proporciona a oportunidade de obter duplo diploma na AgroParisTech, universidade francesa localizada em Paris.
Em relação ao mercado de trabalho, o engenheiro de biossistemas está apto a atuar em diversas áreas. O agronegócio é o setor mais promissor, mas não o único. Outras áreas também fazem parte do escopo de atuação, como eficiência energética, indústrias sucroalcooleiras, economia, tecnologia (com ênfase em programação e desenvolvimento), ensino e muitas outras áreas.
Responsabilidades e valores do Engenheiro de Biossistemas
O engenheiro de biossistemas é um profissional multidisciplinar, com formação abrangente em diversas áreas do conhecimento. Está apto a atuar nos setores de agricultura, agronegócio, genética, tecnologia, energias renováveis e reaproveitamento ecológico, promovendo soluções sustentáveis e inovadoras para os sistemas biológicos.
A atuação do Engenheiro de Biossistemas está intrinsecamente ligada à responsabilidade socioambiental, um compromisso que transcende a técnica e se alinha à ética, à justiça intergeracional e à regeneração dos ecossistemas. Mais do que um profissional, ele é um agente de mudança, cujo trabalho integra ciência, tecnologia e humanismo para equilibrar progresso e preservação.
A grade curricular do curso inclui diversas disciplinas voltadas à sustentabilidade, como "Biocombustíveis" e "Geração de Eletricidade e Calor". Nessas áreas, os estudantes aprendem sobre a produção de combustíveis menos prejudiciais ao ambiente e desenvolvem projetos voltados à geração de energia de forma ecológica e eficiente. Além disso, a grade curricular oferece também disciplinas de natureza zootécnica, o que permite o manejo dos animais com foco em bem-estar animal, eficiência produtiva e ótima gestão de recursos.
Diante de tudo isso, as disciplinas do núcleo profissionalizante voltado ao meio ambiente são essenciais para a formação do perfil ético do engenheiro de biossistemas, além de capacitar o profissional a desenhar centros produtivos com alta tecnologia e com responsabilidade socioambiental.
A infraestrutura do Campus Fernando Costa da Universidade de São Paulo (USP), tem grande destaque por oferecer um ambiente acadêmico completo, integrando ensino, pesquisa e extensão com qualidade e inovação.
A USP oferece aos estudantes salas de aula muito qualificadas e bem equipadas, com climatização em grande parte delas.
Uma das partes de infraestrutura que mais chamam a atenção no são os laboratórios. A universidade dispõe de uma ampla variedade deles, o que significa que há também uma grande diversidade de linhas de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, os laboratórios são equipados com ferramentas e produtos de alta qualidade que facilitam o avanço das pesquisas.
A Biblioteca da FZEA/USP é considerada uma das mais importantes da região, destacando-se pelo excelente acervo científico nas áreas de zootecnia, engenharia de alimentos, engenharia de biossistemas e medicina veterinária e outras. Criada em dezembro de 1992, a biblioteca funciona em um prédio próprio desde 1998, com área de 713,93 m² e hoje em dia passa por reforma para aumentar sua área e proporcionar um maior acervo e locais de estudo para os alunos. Ela integra o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBi), oferecendo serviços de informação à comunidade acadêmica.
Para facilitar o acesso à educação, especialmente para estudantes de outras regiões, o campus oferece moradia estudantil. Os alojamentos estão situados no Prédio Central, que anteriormente abrigava instalações da Escola Prática de Agricultura e foram adaptados para servir como residência estudantil.
O campus conta com um restaurante universitário (RU), também é conhecido como “bandejão” pelos estudantes, que atende às necessidades alimentares daqueles que frequentam o campus, oferecendo refeições balanceadas a preços acessíveis, sendo hoje em dia R$2,00 o almoço e o jantar e R$0,50 o café da manhã. O refeitório se localiza no prédio central da universidade.
Outro ponto a se destacar é o transporte dentro do ambiente universitário, o campus Fernando Costa tem aproximadamente 2270 hectares, ou seja, 22.700.00. m2 de área total, o que torna tudo muito distante. Assim, para facilitar o transporte de pessoas dentro do campus, a universidade conta com ônibus, ou chamados também de “laranjinhas”, que passam em horários fixos por todas as ruas levando e trazendo os alunos e funcionários.